Por que a Biomedicina está bombando no EaD

Em junho de 2021, a pedido do portal Desafios da Educação, a consultoria Educa Insights realizou um levantamento dos cursos que apresentaram maior crescimento percentual em matrículas no Brasil. Entre as graduações de ensino a distância (Ead), o grande destaque foi Biomedicina.

Com base nos dados do último Censo da Educação Superior, constatou-se que o curso de Biomedicina EaD teve alta de 281% entre 2017 e 2019. A graduação saltou de 583 para 8.465 matrículas, ficando também entre os três cursos que mais cresceram nas regiões Norte (221,6%) e Sudeste (373,5%) do país.

A Biomedicina é a área científica que atua entre a Biologia e a Medicina, por meio da pesquisa de doenças humanas e elementos ambientais. O objetivo do curso é capacitar o aluno para compreender as causas, consequências e sintomas de doenças que comprometem a saúde da população – caso da covid-19.

Há aproximadamente 35 áreas de atuação para o biomédico. O principal foco deste profissional é atuar nas áreas de análises e diagnósticos de imagens, aprimorando tratamentos. Sua presença também cresce nas indústrias farmacêuticas, onde auxilia na pesquisa de novos medicamentos e outros produtos médicos de interesse local.

O título de bacharel em Biomedicina também abre portas para atuação em análises clínicas humanas e veterinárias, reprodução humana e toxicologia. Boas perspectivas têm surgido também nas áreas de pesquisa e consultoria, bem como em citopatologia, oncologia e em clínicas especializadas em quimioterapia.

Há ainda o aumento crescente na procura por biomédicos em áreas de criminalística e da Biomedicina estética. Nestas áreas os profissionais podem realizar procedimentos estéticos injetáveis, por exemplo.

É muito provável que as graduações da área da saúde tenham alta demanda no período pós-pandemia. Um levantamento da Educa Insights, divulgado no fim de 2020, mostrou que entre os cursos mais citados pelos entrevistados as graduações presenciais relacionadas à Saúde correspondem a 36,1% do interesse; na EaD, 17,5%.

Na lista se destacaram as graduações em Enfermagem, Psicologia, Educação Física, Nutrição, Fisioterapia e, não podia ser diferente, Biomedicina. “A preferência por formações na área da saúde expõe a crescente valorização desses profissionais durante o combate à pandemia, em especial na linha de frente de enfrentamento”, disse em nota o diretor presidente da Abmes, Celso Niskier.

De olho nessa tendência, a Faseh (Faculdade de Saúde e Ecologia Humana), de Vespasiano (MG), inaugurou no segundo semestre de 2021 o curso de Biomedicina. A graduação é de ensino híbrido (semipresencial), o que no regulamento do MEC é considerado EaD. “O que motivou a abertura do curso tem a ver com o cenário atual que estamos vivendo”, confirma Rebeca dos Santos Duarte Rosa, coordenadora dos cursos de saúde da Faseh.

O uso nas novas tecnologias para acesso ao conhecimento, o desenvolvimento das habilidades técnicas e comportamentais e a formação ampla no currículo também são diferenciais que dão qualidade ao curso da Faseh. “Sem contar os laboratórios bem equipados para o desenvolvimento de qualquer técnica na Biomedicina”, afirma Rosa.

Além dos laboratórios físicos, a instituição mineira também lança mão dos laboratórios virtuais . Com eles, atividades práticas que eram exclusivamente presenciais são simuladas em ambiente virtual de aprendizagem (AVA ou LMS, na sigla em inglês).

Cabe dizer que, apesar disso, todo e qualquer curso da saúde EaD ainda realiza obrigatoriamente atividades práticas presenciais – seja na instituição ou no estágio. A ideia dos laboratórios virtuais é servir como simuladores de um ambiente real. Existe extrema precisão nas operações e medidas, atenuando possíveis erros e equívocos cometidos pelos alunos durante os procedimentos. Com a diferença de o ambiente ser controlado, sem riscos e de baixo custo financeiro.

Os seis cursos EaD da área da saúde na Unipar (Universidade Paranaense) – Educação Física, Nutrição, Farmácia, Fisioterapia, Estética e Cosmética e Biomedicina – também funcionam em um modelo semipresencial , com uso da metodologia ativa conhecida como sala de aula invertida .

Isso significa que, em um primeiro momento, o aluno estuda por conta própria no AVA. Nessa etapa, como na Faseh, o estudante da Unipar conta com o apoio dos laboratórios virtuais da Algetec , empresa que desde 2011 desenvolve soluções tecnológicas para o Ensino Superior.

Na Biomedicina, que é um dos cursos EaD mais procurados na Unipar, a tecnologia permitem simular tudo o que acontece em um laboratório de análises clínicas. Quando chegar ao laboratório físico ou a um estágio clínico, o estudante está mais preparado para treinar suas habilidades manuais e resolver eventuais dúvidas.

Fonte: Desafios da Educação