Formação de pesquisadores no exterior será ampliada

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), pretende ampliar as ações de formação de pesquisadores brasileiros no exterior. Dentre as metas, estão a avaliação do aumento de Instituições de Ensino Superior (IES) participantes do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt), a reativação dos Pós-Doutorados, o apoio a eventos fora do Brasil e a retomada das cooperações com países do hemisfério sul.

Com 5.300 bolsistas em 2022, em 48 acordos de cooperação internacional com 45 países, a Capes lançará, em 2023, o novo edital do Programa Estudante Convênio na Pós-Graduação (PEC-PG), que atende estudantes estrangeiros interessados em fazer mestrado e doutorado no Brasil, e realizar estudos para possível reajuste nos valores das bolsas no exterior.

Em relação ao PrInt, a Capes avaliará seus efeitos para as 36 universidades que o integram, buscará uma maior participação das IES vinculadas ao programa e aumentará a abrangência geográfica das instituições estrangeiras parceiras. O PrInt é uma iniciativa para melhorar a visibilidade das universidades e da pesquisa brasileira a partir da cooperação internacional. Para este ano, está prevista a implementação de até 4.393 bolsas. “Precisamos, em parceria com a comunidade acadêmica, estruturar a internacionalização para que ela realmente atenda o conjunto da instituição, de forma igualitária”, afirma Mercedes Bustamante, presidente do órgão.

Quanto à retomada de políticas de cooperação, a Capes pretende estreitar as relações com nações da América Latina, Caribe, África e Ásia, em especial com a China. Além disso, reativar os programas de Pós-Doutorado, professor visitante no exterior e apoio a eventos no exterior, com a oferta de bolsas.

De acordo com Rui Oppermann, diretor de Relações Internacionais do órgão, “há uma grande expectativa do retorno do Brasil ao cenário internacional, na forma de cooperações em projetos bi e multilaterais que favoreçam a constituição de campi internacionais nas nossas universidades. A internacionalização é estratégica para a qualidade e excelência da nossa pós-graduação”, defende.

Atualmente, a Capes está com vários processos de seleção de estudos fora do Brasil. Por meio do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE), serão concedidas até 2.035 bolsas. O início das atividades se dará entre setembro e novembro deste ano. Há também editais abertos, por exemplo, a parceria com a Comissão Fulbright de doutorado pleno nos Estados Unidos e com a França, em iniciativa que envolve países da América do Sul.

Fonte da Notícia: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO