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CBESP: 77% dos estudantes da Educação Superior frequentam os bancos das instituições privadas, afirma Ministério da Educação

Por Amanda Ferreira


Mesa de abertura do XV CBESP

Representantes do órgão marcaram presença no Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, nesta quarta-feira (24). O presidente da ABRAFI, Paulo Chanan, também participou da mesa de lançamento do evento

Representantes de entidades de todo o Brasil e autoridades locais se reuniram nesta quarta-feira (24), na solenidade de abertura do Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP), reconhecido como o maior evento do segmento da educação superior do país. Em sua 15a edição, o CBESP traz como tema “Liderança inovadora: o desafio da educação superior”.


Mesa de abertura do XV CBESP

“O desafio de melhorar a educação convoca a todos nós. O Ministério da Educação tem uma tarefa importante nesta missão, mas é exatamente a capacidade de nos unirmos, estabelecermos essas articulações e esses canais de diálogo, de entendimento, que abrem mais perspectivas de termos sucesso nessa nossa missão”, afirmou Izolda Cela, secretária-executiva do Ministério da Educação, durante a abertura.


Izolda Cela, secretária-executiva do MEC e Helena Sampaio, Secretária da SERES

Para a secretária de Supervisão do Ensino Superior, Helena Sampaio, o evento é uma oportunidade preciosa para o fortalecimento do sistema federal de educação superior, alicerçado na qualidade, já que oferece um espaço de troca entre os diferentes atores na arena educacional. “O compromisso nacional pela qualidade da educação superior é tarefa de todos nós, do MEC, e de toda a sociedade”, ponderou.


Camilo Santana, Ministro da Educação

O Ministro da Educação, Camilo Santana, parabenizou a iniciativa e o debate. “A educação é a prioridade de qualquer país. Quem não investe, está fadado ao insucesso. Precisamos dar passos na educação básica, na melhoria da alfabetização, na ampliação da escola de tempo integral, na modernização do seu sistema de ensino e fortalecer a educação superior, tanto pública quanto privada, garantindo a formação dos nossos profissionais”, completou.

Entre os dias 24 e 26 de maio, a programação do congresso contará com a participação de palestrantes nacionais e internacionais, como da ex-ministra da Educação e da Ciência de Portugal, Margarida Mano; do jornalista e sócio-fundador da Play9, João Pedro Paes Lemes; do presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Lira Curi; da diretora da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovich Noleto; e representantes do Ministério da Educação, do Inep e da Câmara dos Deputados.

Segundo o presidente do Fórum, Celso Niskier, o evento é uma oportunidade de refletir sobre a necessidade de fortalecimento da educação no Brasil, a base de qualquer sociedade próspera e desenvolvida. “É nossa responsabilidade garantir que as nossas instituições de ensino sejam verdadeiras fortalezas de conhecimento, de inovação e de formação de cidadãos comprometidos com o futuro do nosso país. A tecnologia está remodelando a forma como aprendemos, trabalhamos e nos relacionamos. Diante disso, precisamos evoluir constantemente para oferecer uma educação de qualidade, que prepare os nossos alunos para os desafios do século 21. Precisamos de líderes mais conscientes, engajados e socialmente responsáveis para nos conduzir por esse período de intensa transformação.”

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, afirmou que a forma de avaliação da formação de professores nas universidades brasileiras deve mudar já para 2024. Ele defendeu que a análise também esteja atenta aos estágios supervisionados e à prática docente, o que não acontece atualmente. “Queremos aproveitar o ciclo de 2024 que avalia as licenciaturas para introduzir novos instrumentos, produzir informação mais e avançar para territórios que até aqui não foram objeto de observação, como os estágios supervisionados e a prática docente”, disse. A ideia de Palácios é destacar a avaliação da formação de professores, incluindo componentes que avaliam também as competências práticas e não apenas teóricas, e criar um Enade Licenciaturas.

Já o presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE), Luiz Roberto Curi, saldou a construção do congresso e reforçou a importância de cada instituição acolher seus ingressantes com seus problemas e déficits de aprendizado. “A educação superior é um dos instrumentos mais potentes da correção da desigualdade no Brasil. Isso precisa ser acompanhado de uma gestão transformadora, com uma transformação curricular que vise competência, produção intelectual e objetos de conhecimento que surjam das práticas em ambientes de empregabilidade. Sem essa interação, seremos sempre salistas, conteudistas, impondo um comportamento que mitiga a perspectiva de reordenamento de interesse dos estudantes. Esse combate deve partir das universidades”, pontuou.

Educação Mais Forte

Na ocasião, o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular lançou a campanha #EducaçãoMaisForte. O objetivo do movimento é mobilizar as comunidades escolar e universitária, o Executivo e Legislativo federais e a sociedade para a importância das instituições de ensino privadas na educação brasileira.

Programação

Além dos painéis temáticos, serão realizados quatro workshops que abordarão a liderança sob o foco do desenvolvimento sustentável, do enfrentamento dos desafios sociais e do mercado de trabalho, e planejamento estratégico. Os temas são os mais pertinentes para construção de currículos acadêmicos que possam formar e capacitar os universitários, os docentes e as instituições de ensino superior para o novo cenário brasileiro e mundial.

Para o presidente da ABRAFI, Paulo Chanan, o momento é uma oportunidade de reunir e valorizar as mantenedoras de ensino superior do Brasil. “Convido o público a participar dos variados painéis e workshops, que também serão transmitidos ao vivo, no canal do evento. Esperamos trocar experiências e entender a importância de boas e criativas lideranças no cenário educacional”, afirma.

O CBESP reúne, a cada edição, reitores, mantenedores, autoridades, educadores e formuladores de políticas públicas para educação de todo o Brasil, além de promover a troca de conhecimentos e experiência dos participantes. Em 2023, o congresso será híbrido, com transmissão ao vivo pelo YouTube (exceto workshops). A programação completa já está disponível no site do evento – https://cbesp.com.br/.

Confira a lista completa dos presentes na mesa solene

Celso Niskier, secretário-executivo do Fórum e diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES);

Marcelo Chucre, presidente da Linha Direta;

Marlova Jovchelovitch Noleto, representante da Unesco no Brasil;

Luiz Roberto Liza Curi, presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE);

Manuel Fernando Palácios da Cunha e Melo, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep);

Janguiê Diniz, ex-secretário executivo do Fórum;

Paulo Chanan, presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades (Abrafi);

Iara de Xavier, assessora da presidência da ABMES, Diretora Técnica da Abrafi e membro da comissão científica do CBESP;

Cláudio Picoli, da Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de Santa Catarina (Ampesc);

Maria Eliza de Aguiar e Silva, da Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu);

Leila Rabelo, da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen);

Bruno Eizerik, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep);

Amábile Pacios, presidente da Câmara da Educação Básica do CNE e vice-presidente Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep);

Rui Otávio de Andrade, presidente da Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro (Semerj);

Carlos Joel Pereira, presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior da Bahia (Semesb/Abames);

Thiago Pegas, vice-presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp);

Débora Guerra, representante do Fórum no Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico;

Beatriz Maria, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub);

Cleonice Matos Rehem, diretora Fórum Nacional das Mantenedoras de Instituições EPT (BrasilTec);

Marcos Ziemer, presidente da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE);

Paulo Muniz Lopes, presidente da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias da Educação Superior (ABRUC).

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