Nesta sexta, 29, a primeira sessão do último dia do 23° FNESP discutiu a transformação digital apresentando casos de IES que estão obtendo sucesso ao se reinventarem para melhor se adaptar à nova realidade tecnológica do mundo e da educação. O VP de Inovação e Serviços Digitais da Afya Educacional, Julio de Angeli, e a vice-presidente da Educause, Susan Grajek, debateram a questão.
Julio de Angeli iniciou sua fala contando um pouco da trajetória da Afya Educacional destacando que a instituição tem pensado constantemente em seu futuro e todas as suas decisões e inovações estão ligadas à cultura institucional de inovação. “Com a pandemia, decidimos fazer mudanças significativas em nossa estratégia ao entender que não poderíamos mais atuar apenas no campo educacional”, afirmou ele.
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Angeli prosseguiu citando algumas das decisões que surgiram a partir dessa mudança de estratégica, como a adoção de inovação no modelo de ensino com currículo integrado, aprendizado adaptativo e metodologias ativas. Ele citou ainda seis pilares que têm guiado a cultura digital e transformação digital da Afya Educacional: o relacionamento médico-paciente; conteúdo e tecnologia para educação médica; suporte à decisão clínica; prescrição eletrônica; prontuário eletrônico e gestão do consultório; e telemedicina.
“Mas como pensar a transformação digital nas IES?”, perguntou ele. “Antes de tudo, é preciso entender como a inovação é percebida em sua instituição, incentivando essa cultura entre os colaboradores porque a transformação digital como modelo de negócio começa dentro da empresa com uma liderança comprometida com a inovação. Não adianta querer inovar se isso não vem das lideranças”, decretou.
Susan Grajek, vice-presidente da Educause, defendeu em sua fala que a transformação digital não se trata apenas de tecnologia, mas é um processo de otimização e transformação das operações das IES, afetando suas decisões estratégicas e propostas. “As IES precisam decidir se o ensino superior será definido por suas limitações ou pelas oportunidades do setor”, disse ela. “A função da transformação digital é romper barreiras e ajudar as IES a planejar suas jornadas com o foco nos alunos”, prosseguiu. “A tecnologia por si só não é um condição suficiente para fazer a transformação digital, ela é apenas um recurso. A mudança comportamental e um esforço coordenado das IES são fundamentais para que a transformação digital aconteça para que as instituições se adaptem de forma mais ágil e rápida aos desafios emergentes. São as pessoas que fazem a transformação digital”.
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