O PISA e a necessidade de uma nova era educacional

Imagem: EXAME

Os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, na sigla em inglês) foram divulgados, no início de dezembro, e mostraram que a pandemia da Covid-19 provocou forte queda nos resultados de aprendizagem em diversos países, incluindo no Brasil, ainda que em menor profundidade. Mas a grande pergunta do momento é: o que faremos para mudar este quadro e impulsionar a educação no nosso país?

Muitos são os caminhos a serem seguidos e algumas medidas já estão sendo tomadas em escolas públicas e privadas de todo Brasil. Tivemos avanços na expansão da jornada escolar, na instituição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no maior foco em alfabetização. Mas trago aqui destaque para a necessidade de melhorar a formação dos professores e usar cada vez mais a tecnologia como ferramenta de aprendizado.

A pandemia trouxe foco para a importância da existência de um sistema de ensino conectado e do uso de ferramentas didáticas que trouxessem maior dinamismo e profundidade aos estudos. A presença de programas educativos que ampliam o universo de aprendizado dos estudantes, trazendo detalhes, explicações sobre problemas complexos e dados em real time, é algo que pode sim mudar bastante o cenário atual registrado pelo Pisa.

Claro que é preciso haver harmonia e ponderação no uso da tecnologia em sala de aula. Nada da presença de redes sociais a todo momento ou de pontos que não estejam alinhados à proposta da aula. O que trago aqui é o pensamento sobre incentivar temas como o uso da robótica, inteligência artificial e programação para ampliar o universo educacional e fazer com que os estudantes consigam resolver problemas e entender totalmente as questões de uma prova.

Um estudo sobre a tecnologia nas escolas

Neste ano, tivemos a divulgação do VII Estudo Global sobre o uso da tecnologia na educação – relatório Brasil 2022, realizado pela filial brasileira da BlinkLearning com apoio do Ministério da Educação (MEC), e a importância da presença da tecnologia na sala de aula foi confirmada. Mais de 80% dos professores consideraram que o uso de recursos digitais impulsiona a motivação dos estudantes e torna o conteúdo muito atraente e dinâmico.

A análise revelou também que o celular foi o dispositivo mais utilizado nas salas (46%) e a maioria dos professores que responderam a pesquisa já utiliza algum material digital em suas aulas. Outros pontos abordados foram os desafios do cenário educacional do país, durante a pandemia, como a busca pela melhoria da formação dos professores nas competências digitais e a adaptação do processo de ensino a uma modalidade online.

Estou há cinco anos neste segmento e afirmo que nada começa sem professores alinhados com as possibilidades de um sistema tecnológico. É preciso mostrar a eles os detalhes da nova realidade, ressaltar o ganho de dinamismo e interação nas aulas, além de realizar formações completas e repercutir as soluções digitais personalizadas que forem utilizadas.

A nova abordagem de ensino não só irá melhorar os resultados acadêmicos dos estudantes, mas também promoverá o aumento da satisfação e do engajamento deles, além de auxiliar a atuação dos professores e ajudar as instituições a alcançarem seus objetivos estratégicos.

Na E.ducar, desenvolvemos materiais didáticos com recursos tecnológicos avançados para estudantes do ensino básico e vejo na prática a diferença do antes e depois dos alunos após o contato com a tecnologia. Ao longo dos anos, já tivemos mais de 1 milhão de estudantes beneficiados e mais de 3.350 docentes formados nos sistemas tecnológicos. Mas sabemos que há espaço para ir além e trazer soluções que continuem impulsionando a educação brasileira.

O importante é seguir em frente e buscar maneiras de melhorar o cenário de hoje. Vamos juntos em direção a uma nova era educacional no país.

Fonte da Notícia: EXAME

About The Author