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Em oito anos, região Norte foi a segunda maior em ingressantes no ensino superior privado

O Norte foi a região com o segundo maior crescimento de ingressantes no ensino superior privado no período entre 2014 a 2021, representando um aumento de 5,7%, como apontam dados da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). No total, foram 187.658 ingressantes, em 2014, e 276.146, em 2021. A região ficou apenas atrás do Sul, que teve um aumento de 8,3%. Os números foram divulgados pela vice-presidente da ABMES, Débora Guerra, durante evento em Belém na última quinta-feira (30). Em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, ela falou sobre as principais dificuldades, necessidades e soluções acerca das instituições de educação superior da região.

Quais as principais dificuldades e necessidades identificadas pela ABMES nas instituições de educação superior da região Norte?

As maiores dificuldades estão no engajamento do jovem, juntamente com isso a conectividade. O engajamento é o jovem entender que é importante para vida dele e para a comunidade que está inserido fazer um curso superior. Se ele se qualifica, a gente tem pessoas com qualidade na região em que estão inseridas. E o Brasil precisa investir em tecnologia na região Norte, porque a conectividade ela se dificulta cada vez mais em que a gente vai para os interiores dos estados. Quando você precisa de uma estabilidade para estudar, participar de um congresso online ou de uma aula online, a estabilidade é dificultada.

Essas dificuldades foram impulsionadas pela pandemia da covid-19?

A pandemia piorou a nossa situação e a gente já tinha um agravamento que é a falta de financiamento público. Isso faz com que o jovem do Norte, que precisa de financiamento para poder pagar uma faculdade particular, não consiga pagar, porque é além do valor que ela consegue despender mensalmente. O financiamento dificultou, tirou o jovem da educação superior e a pandemia, com a questão da tecnologia, com a falta de engajamento e de interesse piorou, mais ainda, essa realidade.

Como a ABMES atua para auxiliar as universidades?

A gente tem atuação em todas as regiões. A ABMES lidera o fórum das entidades particulares de educação do Brasil, onde unimos sindicatos e associações. São mais de 2 mil associados em que a gente pode colaborar e ajudar em todas as suas situações e tomadas de decisões. A ABMES lidera todas essas associações e leva ao pleito do Ministério da Educação e ao Congresso Nacional aquilo que tem de maior relevância nesses aspectos: Prouni [Programa Universidade para Todos], Fies [Financiamento Estudantil], a própria reforma tributária e outras questões de legislação que impactam o ensino superior no Brasil.

Quais são as abordagens discutidas sobre regulação, avaliação e perspectivas do Ministério da Educação para 2023?

Ainda estamos entendendo o Ministério da Educação em 2023. Eles estão trabalhando muito internamente para reorganizar o ministério, nas suas diretorias, na secretaria de regulação. A gente ainda tá atuando naquilo que a gente pode. Eles normalmente fazem comissões temáticas e técnicas. Tudo isso a ABMES é convidada a participar para discutir e colocar o ponto de vista dos mantenedores.

Quais os dados inéditos da região que foram apresentados pela ABMES no encontro em Belém?

A região Norte cresce em número de ingressantes no ensino superior. Os jovens têm todas as suas dificuldades, mas a gente cresce mais aqui na região Norte do que em outras regiões do Brasil, cresce com a educação a distância. A modalidade presencial cresce um pouco, diferente das outras regiões que perdem alunos no presencial. Isso mostra que os interiores do Norte estão sendo impactados com a educação superior através da modalidade a distância. A área de atuação que mais cresce, também em número de matrículas e ingressantes, é a saúde e a educação.

Fonte da Notícia: O LIBERAL