O protagonismo do setor privado no ensino superior permeou a inauguração da sede própria da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), na manhã desta terça-feira, 6 de dezembro, em Brasília/DF. Na solenidade, a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, e o titular da secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres/MEC), Maurício Romão, ressaltaram a relevância do ensino superior privado no cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), com destaque para o crescimento da modalidade de ensino a distância, intitulada atualmente como aprendizagem flexível.
Hoje, segundo dirigentes do MEC, 26% das matrículas do ensino superior particular são em EaD, com perspectiva de crescimento para 30%, em 2017. Estima-se que, em 5 anos, 10 milhões de estudantes estejam matriculados no ensino superior particular e, 50% desse total, serão na modalidade de ensino a distância. “Até 2024, temos a meta de atingir 33% de matrículas da população de 18 a 24 anos na educação superior. Em 2014, essa porcentagem foi de 17,7%, número muito abaixo de países circunvizinhos com menor desenvolvimento social e econômico que o Brasil. Precisamos nos equilibrar”, ressaltou o titular da Seres.
Para Romão, vários fatores influenciam no crescimento exponencial do EaD. Nessa modalidade, o aluno define o ritmo e o lugar onde quer aprender e tem mais acesso a experiências menos rígidas que a graduação formal. O ensino a distância também possui preços mais acessíveis e meios de aprendizagem diversificados. Além disso, a oferta da internet sem fio aumenta a cada dia. “O EaD é uma oportunidade às classes menos favorecidas e, nesse contexto, há um ganho de escala muito alto. Todos esses aspectos propõe novos desafios ao setor, como o desenvolvimento de um modelo pedagógico ideal”, ressaltou.
Os dirigentes também projetaram que a educação flexível também deverá ser incorporada não só no ensino superior, como também na educação básica, no ensino médio e nos programas de formação continuada. “É impossível imaginar avanços na educação sem a interação permanente com as plataformas digitais”, afirmou a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães.
Fonte: ABMES