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EDUCAÇÃO EXPANDE OPÇÕES COM AULAS A DISTÂNCIA E FORMATO HÍBRIDO

A pandemia só acelerou o processo. A educação já ensaiava transformações nos últimos anos por conta dos avanços tecnológicos, mas agora expressões como “aulas a distância” e “ensino híbrido” estão praticamente incorporadas ao dia a dia dos estudantes depois do aparecimento das limitações impostas pelo novo coronavírus.

Pesquisa divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) aponta que 55% dos entrevistados preferem o retorno das aulas presenciais apenas em alguns dias da semana e querem a permanência do ensino remoto nos demais – ou seja, um formato híbrido.

É compreensível. Até o ano passado muitos alunos que decidiam cursar uma pós-graduação tinham que conciliar os horários do trabalho, os compromissos com a família e muitas vezes a realização de longos deslocamentos para a faculdade.

A pesquisa apresentada pela ABMES aponta outro caminho nessa nova configuração pós-pandemia: 52% dos entrevistados afirmam que as atividades em sala, presenciais, devem priorizar as aulas práticas. O on-line seria o espaço de praticamente todo o restante do curso.

Mas o ambiente virtual oferece possibilidades inovadoras. Trabalhos em grupo são realizados com auxílio de novas ferramentas tecnológicas e professores acompanham o desempenho do aluno com informações mais detalhadas.

No novo cenário, além da oferta de ensino híbrido, há outras tendências como a aprendizagem assíncrona, baseada em videoaulas gravadas. Dentro desse modelo, o estudante ganha autonomia e decide o horário que vai se dedicar ao curso. A descentralização abre espaço para formas diferentes de adquirir conhecimento e um aprendizado menos passivo.

“São questões que, a partir da pandemia e com a expansão de ofertas de curso, o aluno precisa fazer uma autoanálise sobre sua disponibilidade de tempo e o nível de disciplina que tem”, diz Mauricio Jucá de Queiroz, diretor acadêmico da FIA (Fundação Instituto de Administração), de São Paulo.

A educação a distância (EaD) já era uma tendência forte antes da pandemia. O último Censo da Educação Superior divulgado pelo Ministério da Educação indicava que 2019 foi o primeiro ano em que, em instituições particulares, o número de ingressantes na graduação foi maior em cursos de EaD do que na modalidade presencial. Entre 2009 e 2019, o número de matrículas em cursos a distância aumentou 378,9%.

Mesmo no mundo em que o on-line deve predominar, cuidados tradicionais na hora de escolher um curso de pós-graduação permanecem: é fundamental analisar o corpo docente, a classificação da faculdade em rankings de ensino superior e o suporte que o estudante recebe da faculdade dentro da estrutura relacionada aos novos ambientes virtuais.

Ainda cabe ao aluno que está se programando para começar uma pós-graduação identificar qual curso aportará mais para a carreira que está se direcionando. “É a aderência entre a área em que ele está começando a vida profissional e o conhecimento que ele precisa naquele momento”, diz Queiroz, da FIA.

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FONTE: ABMES

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