O atraso na renovação dos contratos do Fies (financiamento estudantil) tem obrigado as instituições com alunos no programa a procurar empréstimos, diz Janguiê Diniz, presidente da Abmes, associação de mantenedoras.
“As grandes universidades têm caixa para se bancar por um tempo, mas as pequenas recorrem aos bancos.”
O processo de renovação dos contratos não foi aberto ainda pelo MEC (Ministério da Educação). O órgão pretende receber uma verba suplementar para quitar dívidas do programa com o Banco do Brasil e com a Caixa.
Para isso, é preciso obter autorização da Câmara dos Deputados, que postergou a votação sobre o tema.
A expectativa do mercado é que, caso o pedido do MEC seja aprovado nesta semana, os contratos dos alunos do programa comecem a ser renovados em outubro.
As universidades já trabalham com um cenário em que a questão leve mais tempo para ser resolvida em plenário, e que a situação das prorrogações de contratos só seja normalizada em novembro.
Uma instituição de ensino que pertence a um grupo internacional vai recorrer à matriz para ter recursos até lá, afirma o diretor financeiro do grupo de universidades, que prefere não se identificar.
O custo estimado do financiamento estudantil neste ano é de R$ 18,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano passado.
Fonte: ABMES
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