Debandada: SBPC pede que Ministério da Educação busque solução urgente para crise no Inep

A debandada com os 35 pedidos de exoneração feitos por servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nos últimos dias, por divergências com o presidente do órgão, Danilo Dupas — além de outros dois exonerados —, segue causando apreensão à comunidade científica. Em nota divulgada nesta quarta-feira (10), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) destacou a importância de a instituição operar em sua plenitude, sobretudo em um momento em que serão aplicados os sensos de educação básica e superior, além do Enem, e pediu solução celere ao Ministério da Educação.

“O INEP é uma instituição cujas funções públicas são de extrema relevância para a educação no país. Essas funções incluem o monitoramento das condições de oferta educacional (com os censos da educação básica e superior), da qualidade dessa educação (com as avaliações da educação básica e superior, como o SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica – e o SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), e com as políticas de ingresso para o ensino superior público e privado (com o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio). A garantia do bom desempenho dessas funções é de fundamental importância para a sociedade brasileira”, introduz a nota.

De acordo com a SBPC, a instabilidade que se criou internamente no órgão, e a iminente descontinuação de um trabalho que vinha sendo feito por estes servidores, poderão resultar em danos diretos à sociedade brasileira.

“Estamos em um instante particularmente difícil: está em andamento o SAEB, no dia 14/11 ocorrerão as provas do ENADE – Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (componente da avaliação do ensino superior), e nos dias 21 e 28/11 ocorrerão as provas do ENEM. A instabilidade trazida ao INEP neste particular momento por conflitos internos pode ter consequências danosas não apenas às atividades avaliativas do INEP, mas para a sociedade brasileira, que sempre confiou nas atividades há longo tempo desempenhadas com qualidade pela instituição. É fundamental que o Ministério da Educação atue de forma a restituir a normalidade ao INEP, para que não haja descontinuidade em suas atividades e no desempenho de suas relevantes funções para a sociedade brasileira”, conclui a carta.

Fonte da Notícia: O GLOBO