COM VACINAÇÃO LENTA, INTERESSADOS NO ENSINO SUPERIOR SÓ DEVEM SE MATRICULAR EM 2022, DIZ PESQUISA

Pesquisa da Educa Insights em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) mostra que pessoas com interesse em cursar o ensino superior vão esperar o primeiro semestre de 2022 para realizarem suas matrículas. O levantamento mostra que o ritmo de vacinação influencia na decisão.

Entre os que já tomaram pelo menos uma dose de vacina, 39% pensam em se matricular logo no meio de 2021. Esse valor é mais do que o dobro do grupo que ainda aguarda o imunizante: apenas 16% têm a intenção de começar um curso superior EAD ou presencial no próximo semestre.

Enquanto isso, 41% dos entrevistados que já tomaram uma dose e 43% dos que não receberam nenhuma pretendem voltar em janeiro de 2022.

Segundo Celso Niskier, diretor-presidente da ABMES, isso aumenta o risco de falta de mão de obra qualificada para a retomada econômica, “como vem sendo sentido em vários setores, entre eles, o de Tecnologia da Informação”, afirmou.

— A pesquisa mostra que já há um pequeno aumento na procura pela graduação presencial, mas que muitos jovens ainda estão aguardando a vacinação completa para a retomada do sonho da educação superior, o que deverá acontecer somente a partir de 2022, dada a lentidão do processo de imunização — afirma  diretor presidente da ABMESCelso Niskier.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre as razões para a baixa procura por matrículas imediatas, estão o contexto econômico desfavorável, o aumento no número de casos de contaminação do coronavírus com início da 3ª onda e o anúncio do calendário de vacinação para a faixa etária mais jovem concentrado no segundo semestre na maior parte do país.

O levantamento “Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021 – 3ª edição” foi realizado entre 19 e 22 de junho, via internet. Foram consultados 1.212 homens e mulheres, de 17 a 50 anos, que desejam ingressar em cursos de graduação presenciais e EAD ao longo dos próximos 18 meses, em todas as regiões brasileiras.

Veja a matéria original

FONTE: ABMES