O CFM (Conselho Federal de Medicina) quer criar um grupo de trabalho com o MEC (Ministério da Educação) e universidades do país para definir ações que fortaleçam o ensino no país.
A entidade associou os atos obscenos praticados por estudantes de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) em evento esportivo em abril —que viralizaram nesta semana— à fragilidade do ensino e à “abertura indiscriminada de escolas médicas” no Brasil.
“O CFM já se coloca à disposição para definir, em conjunto com o Ministério da Educação e as universidades, ações que fortaleçam o ensino médico. Assim, o país contará com profissionais preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites junto à sociedade”, disse o CFM, em nota.
“Infelizmente, a abertura indiscriminada de escolas médicas fragilizou o processo de ensino médico, expondo os estudantes à falta de infraestrutura em campos de estágio e a limitações de acesso a conteúdos fundamentais, como a necessidade de respeito aos seres humanos em qualquer circunstância”, acrescentou.
O CFM repudiou a conduta dos estudantes envolvidos no episódio e alertou que situações semelhantes podem ser evitadas com a qualificação do ensino, com o aprofundamento de conteúdos sobre ética, por exemplo.
Para o conselho, é inadmissível que os futuros profissionais da saúde e da vida estejam envolvidos em atos “grotescos” de violência e assédio.
“As cenas divulgadas pelas redes sociais e imprensa causam repulsa e indignação e demonstram a necessidade de as escolas médicas qualificarem seu ensino para que, desde o início de sua formação, futuros médicos saibam como agir de forma ética, responsável e com bom senso em todas as situações”, afirma a nota.
FONTE: ABMES
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