A educação superior brasileira registrou 7,8 milhões de matrículas na graduação, um aumento de 6,8% em relação a 2013, que teve 7,3 matrículas. De acordo com o Censo da Educação Superior 2014, divulgado nesta sexta-feira, 4, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o país continua a expandir o acesso a essa modalidade de ensino.
Parte dessa expansão se dá pelo aumento do número de matrículas na Rede Federal de Educação Superior, que cresceu 3,7% em relação ao ano anterior, com 1.180.068 matrículas. Além de ampliar o número, a Rede Federal vem interiorizando as matrículas. Em 2014 foram realizadas matrículas em 792 municípios de todas as unidades da federação, um número 180% maior que em 2003, quando apenas 282 municípios as registraram na graduação.
No ano passado, 3.110.848 estudantes ingressaram em cursos de graduação, 82,3% deles em instituições privadas (2.562.306), enquanto 548.542 ingressaram em instituições públicas. A rede pública, entretanto, tem a maior participação nas matrículas ligadas à pós-graduação. Em 2014, das 299.355 matrículas em cursos de pós-graduação, 170 mil foram em instituições federais, 79.633 em estaduais e 1.335 em municipais.
Mercadante destacou as matrículas de docentes da rede pública na educação superior. A pesquisa apontou 256 mil professores da rede pública de educação básica matriculados em cursos superiores, sendo 82,1% cursos de licenciatura. “Hoje, no Brasil, mais da metade dos docentes da educação básica não tem graduação na sua área de atuação. É um imenso desafio na formação desses professores”, disse.
Outro ponto destacado é a melhoria da qualificação do corpo docente, que para o ministro está atrelada à forma como os cursos e as instituições são avaliadas. “Nas nossas avaliações estamos cobrando a titulação e o regime de trabalho dos docentes”, explicou Mercadante. Na rede pública, o percentual de professores trabalhando em tempo integral na universidade saltou de 74% em 2003, para 82,9% em 2014. Na titulação, 55,8% são doutores e 28,8%, mestres.
Mercadante também apontou que 114 mil vagas de graduação na Rede Federal não estão ocupadas, apesar de autorizadas. Para diminuir esse número, o Ministério da Educação mobilizará as instituições federais para criar uma plataforma unificada de seleção das vagas remanescentes.
Fonte: ABMES
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