Por Amanda Ferreira
Evento faz parte do segundo dia de programação do Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular
Especialistas se reuniram, na tarde desta quinta-feira (25), no Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, para discutir sobre projetos educacionais inovadores que contribuem para a formação de líderes. Durante o painel “Projetos Educacionais Inovadores para Formação de Líderes”, coordenado pela ABRAFI, os presentes compartilharam com o público as boas práticas e os resultados positivos obtidos no desenvolvimento de novas lideranças.
“Precisamos refletir se nossas instituições têm desenvolvido líderes capazes de manter o DNA das instituições para seus sucessores. Nunca foi tão decisivo que isso aconteça. O processo de concorrência insana provoca a necessidade de termos uma linha que liga o objetivo institucional e as ações desenvolvidas ao longo do processo. Há um ganho enorme no processo de desenvolvimento de líderes dentro e para a própria instituição”, afirmou Paulo Chanan, presidente da ABAFI, ao abrir o painel. “Formar líderes não é fácil. A ideia é que tenhamos um eixo para a formação de uma liderança humana em estudantes e docentes”, completou a representante da CONFENEN, Leila Rabello, que também atuou na coordenação do painel.
Potencializando instituições
“Projetos educacionais inovadores pedem projetos potentes.” Foi com essa frase que o CEO do Pravaler, Beto Dantas, iniciou seu discurso. Segundo ele, o principal objetivo do projeto é potencializar instituições para que elas desenvolvam um ótimo trabalho e, os alunos, acesso à educação. “Sabemos que 28% dos estudantes têm como objetivo na carreira realizar sonhos pessoais, 30% deles têm medo de não conseguir um emprego na área de formação e 63% deles alegam ter dificuldades financeiras nesse momento. Entendemos então o tamanho do nosso compromisso. Quando falamos em inovação, a nossa maior delas é dar acesso à educação. Trabalhamos há 21 anos, arduamente, para dar oportunidade que os jovens façam o curso que querem fazer”, celebrou.
Educar para transformar
Também presente no debate, o reitor do Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), Arapuan Netto, apresentou o projeto de liderança desenvolvido em sua IES e falou sobre a importância da formação de jovens líderes moradores de favelas. Ele explicou que o projeto vai além da sala de aula. “O Favela Inova fala de sonhos e de transformação social. Baseados em pilares como Estado, gestão de empreendedorismo e continuidade do DNA da instituição, implementamos um currículo modular, baseado em competências. Nossa gestão é dinâmica, de autorresponsabilidade, construindo métricas em conjunto, com jornadas sempre preocupadas com a segurança psicológica de alunos e colaboradores”, explicou.
Desafios no mercado
O mercado hoje possui nove milhões de alunos. A pergunta que o sócio e vice-presidente de Crescimento da Cogna Educação, Leonardo Queiroz, se fez durante seu discurso foi: “como trazer as 30 milhões de pessoas aptas do Brasil para o ensino superior?”. Segundo o especialista, o mundo mudou e é necessário que as empresas passem a entregar soluções customizadas para a necessidade de cada um. “No sistema educacional, tivemos poucos avanços em entregar o que a pessoa realmente precisa. Ao invés de ficarmos brigando por preços, podemos construir um mercado enorme, fazendo com que o país melhore. Nenhuma empresa vai conseguir fazer isso sozinha, precisamos pensar em conjunto”, pediu. Para chegar nesse objetivo e engajar alunos, a Cogna desenvolveu trilhar de aprendizagem conectadas com o mercado de trabalho, realizou diversas pesquisas e focou em crescimento digital, ensino médio e cursos presenciais. “Entendemos que nossos alunos precisam estar conectados por meio de inovação. Como indústria, precisamos investir em ações que adicionem valor a cada pessoa.”
Ao final do debate, o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, sintetizador do evento, repassou os discursos e reforçou a importância da formação de novas lideranças. “Um líder inovador será aquele que conseguirá integrar o que o aluno gosta e o que ele precisa, não somente trazê-lo para dentro da instituição. Precisamos repensar o currículo para o que, de fato, o mercado precisa, tornando essa jornada mais leve”, finalizou.
Confira o debate completo em https://www.youtube.com/@CbespBr
Fonte da Notícia: www.abrafi.org.br
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