As matrículas nas graduações on-line já deverão ser maiores que as presenciais em 2022, um ano antes do esperado, indica estudo realizado pela consultoria Educa Insights. De acordo com o levantamento, a estimativa é de que sejam 1,3 milhão de ingressantes na modalidade convencional contra 1,6 milhão na a distância.
A pandemia de Covid-19 deve contribuir para esse crescimento, destaca o diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas. Isso porque alguns alunos estão tendo prejuízos, como perda de emprego, e, para continuar a realizar o sonho de um diploma superior, vão avaliar o que cabe no bolso deles.
O gestor afirma que um levantamento feito pela entidade mostrou uma mudança do estudante do ensino médio. “Ainda que pese na cabeça do pai dele a figura do curso presencial, tradicional e bacharelado, as circunstâncias indicam que esse processo está invertendo. Com essa pandemia, os alunos estão repensando o ingresso no ensino superior e qual a modalidade desse ingresso”, diz Sólon.
Quebra de paradigmas
Consultor educacional, Pedro Roberto Grosso reforça que o crescimento da EAD é uma realidade, mas precisa ser feito com qualidade. O especialista frisa, ainda, que investimentos na tecnologia e capacitação de professores são necessários.
“O momento é de quebrar paradigmas. Tem uma parte do corpo docente ainda resistente à tecnologia, mas são bons profissionais que não podem ficar de fora de uma instituição por conta disso, não se pode abrir mão deles. Mas a pandemia colocou todos nesse cenário, facilitando esse processo de mudança”, observa o especialista.
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