Em 2017, o Brasil deve chegar perto dos 2 milhões de estudantes que optaram pelo ensino à distância.
Está crescendo o número de alunos nos cursos a distância, que são opções mais baratas para quem quer fazer a faculdade e pós-graduação.
A estudante Maria Aparecida da Silva leva a história de estudar pelo computador tão a sério que imprime todo o conteúdo, com medo da internet cair. Tanto cuidado tem explicação: quando perdeu um emprego de 12 anos como recepcionista viu na faculdade uma chance de começar de novo.
Tem cada vez mais brasileiros pegando o mesmo caminho que a Maria Aparecida. Em 2017, o Brasil deve chegar perto dos 2 milhões de estudantes no ensino à distância.
“Ele tem um ticket medio, um valor de mensalidade, bem mais baixo do que a educacao presecial. Em alguns casos chega a ser até um terço do valor do valor do ticket médio da educacao presencial”, diz William Klein, CEO da Hoper Educação.
Com tanta gente trocando a sala de aula pela sala de casa, as opções têm se diversificado. Cursos que não são de graduação, mas que podem abrir rapidamente uma porta para o mercado de trabalho, principalmente na área de tecnologia, têm conquistado cada vez mais alunos, a maioria de uma geração que gosta de fugir dos padrões.
Foi essa a escolha do Caio. Ele trocou a faculdade de economia na USP por cursos na internet, tantos que ele até perdeu a conta. “Tem que ter a disciplina de fazer. Nem que seja uma hora por dia, meia hora por dia, é só você estar em contato com a tecnologia, com o curso, você aprende muito”, conta o empresário Caio Jahara.
O próximo curso do Caio vai ser de análise de dados em uma plataforma administrada no Brasil por uma equipe que oferece cursos que obrigam o aluno a fazer projetos, e os avaliadores estão espalhados pelo mundo todo.
“Ele consegue ter contato com os experts do mercado, consegue aproveitar todo o conteudo criado pelas principais empresas de tecnologia do mundo, consegue fazer uns projetos e ter os feedbacks dos mentores, a um custo muito baixo, a um custo que ele não conseguiria se nós fôssemos uma escola tradicional”, explica Carlos Souza, diretor de gerenciamento da Udacity.
Fonte: G1 / Jornal da Globo