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Um CBESP para ficar para a história

Celso Niskier

Celso Niskier, Vice-Presidente do SEMERJ e  Diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)Reitor do Centro

09/05/2022 06:00:01

Mais de 500 participantes entre gestores de instituições particulares de educação superior, especialistas e representantes de órgãos públicos responsáveis pela política educacional do Brasil se reuniram, de 5 a 7 de maio, no XIV Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP). Unindo todos esses perfis estava o objetivo comum de traçar novos caminhos para a educação superior, tendo a criatividade e a inovação como impulsionadoras dessa transformação.

Em um evento ímpar, tomado pela emoção e pela alegria da retomada dos encontros presenciais, o Costão do Santinho, em Florianópolis/SC, foi palco de uma intensa troca de conhecimentos e do início da transformação da educação superior rumo às necessidades e diretrizes deste século 21.

Iniciado com a presença de autoridades do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE), o XIV CBESP resultou na Carta de Florianópolis. Construído após dezenas de palestras, oficinas e debates, o documento apresenta, de forma clara e objetiva, propostas para o desenvolvimento da educação superior no país.

Pautadas no crescimento, na qualidade e na inovação do ensino superior, bem como no fortalecimento da parceria entre os setores público e privado, as proposições resultantes do Congresso deverão nortear a atuação política do Fórum e as políticas públicas para a área nos próximos anos.

Estruturada em dez pontos estratégicos, a Carta de Florianópolis elenca as seguintes prioridades:

  1. Modernizar o marco regulatório da avaliação e da supervisão.
  2. Criar um novo modelo de financiamento estudantil.
  3. Ampliar o ProUni e reabrir o ProIES.
  4. Oferecer linhas de financiamento para estímulo à inovação das IES.
  5. Aprovar uma Reforma Tributária justa para a educação.
  6. Desenvolver mecanismos de integração da educação superior com a educação básica.
  7. Revisar a legislação da educação brasileira para contemplar as metodologias híbridas.
  8. Integrar as IES ao mundo do trabalho.
  9. Ampliar a participação das IES privadas nos conselhos de órgãos de governo.
  10. Estimular a internacionalização da educação superior particular.

Sabemos que o cenário educacional do país é desafiador e que muitos outros pontos poderiam constar na lista. Mas esses foram os escolhidos por conseguirem abarcar os principais entraves para o desenvolvimento da área e por jogarem luz no novo modelo educacional que precisa ser instituído, nos tirando do século 19 e levando, sem escala, para este já nem tão novo, mas cada vez mais desafiador, século 21.

Há anos, a relevância dos debates e seus desdobramentos consagram o CBESP como o maior evento da educação superior. A primeira edição com foco no pós-pandemia não poderia ter sido diferente. Mantendo a tradição, a 14ª edição do Congresso cumpriu sua missão ao apontar rumos e abrir portas para transformações concretas na esfera educacional do país. Seguiremos trabalhando para colocar em prática seus encaminhamentos e confiantes de que dias melhores estão por vir para a educação brasileira e para o setor particular de educação superior. Nos vemos no XV CBESP!

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